Ginástica rítmica
História
Ao contrário da ginástica artística, a ginástica rítmica é uma prática recente na história da humanidade, tendo sido criada no início do século 20 como um novo conceito, exclusivo para as mulheres. Inicialmente chamado de ginástica moderna, o esporte nasceu de uma combinação de técnicas de movimentos, terapia respiratória, terapia de relaxamento e dança, entre outros.
As primeiras décadas do século 20 serviram para desenvolver o novo esporte. Em 1952, foi fundada a Liga Internacional de Ginástica Moderna, cujo objetivo era disseminar a modalidade por meio de competições e demonstrações. Mas o movimento de divulgação já vinha ganhando força antes da fundação da liga. Em 1948, durante as Olimpíadas de Londres, os países que disputaram as competições de ginástica artística tiveram que participar de dois eventos da ginástica moderna por equipes: em um aparelho escolhido livremente e de mãos livres, com acompanhamento musical. Na edição seguinte dos Jogos, em 1952, em Helsinque, a ginástica moderna foi incluída como esporte de demonstração.
Dez anos depois disso, o 41º Congresso da Federação Internacional de Ginástica reconheceu, em 1962, a ginástica moderna como modalidade independente. Em 1963, foi realizado em Budapeste, na Hungria, o 1º Campeonato Mundial. Naquele mesmo ano e até 1972, o esporte foi rebatizado de ginástica rítmica moderna. Então, no 53º Congresso da Federação Internacional de Ginástica, adotou-se a nomenclatura ginástica rítmica desportiva (GRD). Finalmente, em 2003, o nome foi reduzido para ginástica rítmica.
No universo dos esportes, existem aqueles que são coletivos e os que são individuais. A ginástica rítmica (GR) é um esporte predominantemente individual. Ela é uma das versões competitivas da ginástica, isto é, há um conjunto de regras que precisa ser respeitado por aqueles que querem competir nessa modalidade esportiva. Essas regras estão agrupadas em um livro chamado Código de pontuação.A prática da GR destaca-se pela beleza e plasticidade dos movimentos, que aparecem de forma combinada, sempre acompanhados por música. Nas competições organizadas pela Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) e pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), apenas as mulheres praticam esse esporte.
A GR é classificada como esporte individual. Nas competições, participam até três ginastas nos exercícios individuais. Cada ginasta se apresenta com quatro exercícios diferentes (coreografias). Cada exercício é feito com um aparelho. Como se trata de cinco aparelhos oficiais (bola, corda, arco, fita e maças), um não será escolhido. Cada apresentação dura de 1min15s (um minuto e quinze segundos) a 1min30s (um minuto e trinta segundos).
A competição também tem exercícios em conjunto. Nesse caso, um grupo de cinco ginastas apresenta duas coreografias diferentes, que duram de 2min15s a 2min30s. Em um dos exercícios, as cinco ginastas se apresentam com o mesmo tipo de aparelho, por exemplo, cinco fitas para o grupo. O outro exercício da competição é realizado sempre com dois aparelhos diferentes, por exemplo, três cordas e duas bolas ou três fitas e duas bolas etc.
As provas
A modalidade tem seis competições:
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ginasta com arco |
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ginasta com bola |
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ginasta com maças |
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ginasta com fita |
Exercícios em conjunto
- Corda:
o aparelho Corda para GR pode ser de sisal ou sintético, com o comprimento variando de acordo com o tamanho da ginasta. O exercício corporal predominante no aparelho corda é o salto.
- Arco:
o aparelho Arco para GR mede 80 a 90 cm de diâmetro e pesa no mínimo 300 gms. Não existe um exercício corporal predominante para o aparelho Arco. Deve haver um equilíbrio entre os exercícios apresentados: salto, equilíbrio, pivots, flexibilidade e ondas.
- Bola: o aparelho Bola para a GR deve ter de 18 a 20 cm de diâmetro externo, pesar 400 gms no mínimo e ser de borracha. O exercício corporal predominante do aparelho Bola é a flexibilidade e ondas.
- Maças:
o aparelho Maças é composto de duas maças de 40 a 50 cm e ter 150 gms, no mínimo, cada uma. Cada maça deverá ter 3 cm, no máximo, na cabeça e poderá ser de madeira ou material sintético. O exercício corporal predominante do aparelho maças é o equilíbrio.
- Fita:
o aparelho Fita para a GR deve ter 6 metros no mínimo e pesar 35 gramas. A largura da Fita é de 4 a 6 cm e o material pode ser de cetim de qualquer qualidade. O estilete onde prende a Fita deve ter de 50 a 60 cm e a base deste estilete deve ter no máximo 1 cm de diâmetro. O exercício corporal predominante no aparelho Fita é o pivot.
Curiosidades
Só quatro nas Olimpíadas
Apesar de a ginástica rítmica contar com cinco materiais para as apresentações (corda, arco, bola, maças e cinta), apenas quatro podem ser escolhidos para a disputa das Olimpíadas. Nos Jogos de Londres-2012, por exemplo, não houve disputas de corda.
As regras para a realização de competições de GR, em qualquer nível, estão definidas no Código de Pontuação da Federação Internacional de Ginástica (FIG). O Código de Pontuação da FIG pode ser adquirido através das Federações estaduais de ginástica.
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Vamos agora entender as diferenças entre os diferentes tipos de ginástica
Nesse quadro resumo, podemos perceber as principais diferenças entre ginástica geral e ginástica de competição (Ginástica Ritmica, Ginástica Artística, e de trampolim)
A ginástica geral engloba as ginásticas que todos podem participar. A GG configura-se, atualmente, como uma modalidade da ginástica cujo enfoque é a participação de todos e que traz o questionamento, por meio de símbolos e códigos próprios, à ginástica de competição. Os princípios da GG contrapõem-se aos estereótipos presentes nas modalidades de ginástica esportiva, pois enaltecem o gesto ginástico, lúdico e prazeroso dos participantes.
A ginástica geral (GG) é uma manifestação que surgiu para se contrapor à ginástica de competição. Ela se baseia no princípio da criatividade e da participação de todos, independentemente das habilidades e do nível técnico dos participantes. Ela mescla diferentes modalidades da ginástica, permitindo a
participação de pessoas de diferentes idades, homens e mulheres, com ou sem deficiência, o uso ou não de aparelhos, trabalhos individuais ou em grupo, enfim, uma diversidade muito grande de possibilidades.
A GG tem três grandes grupos de manifestações, veja algumas delas:
a) diferentes modalidades de ginástica contemporânea (aeróbica, por exemplo), estilos de dança, teatro e manifestações da cultura de cada país;
b) ginástica com e sobre aparelhos, trampolim, tumbling, acrobacias, rodas ginásticas;
c) jogos com características sociais e esportivas.
A GG é ginástica de participação, portanto, o objetivo é “participar”.
Uma modalidade muito divertida e que agrada os jovens é a ginástica acrobática ou de pirâmide humana. Veja alguns exemplos:
A Ginástica Acrobática, por ter como principal característica a apresentação em par e grupo, requer um alto grau de confiança e cooperação entre os seus participantes. O nível técnico das competições, em praticamente todas as categorias, é bastante elevado. Devido a isso, os ginastas acrobáticos treinam no mínimo 3 horas por dia e 5 vezes por semana.
É um esporte dinâmico. Desenvolve em seus participantes – homens e mulheres de todas as idades – coragem, força, coordenação motora, flexibilidade, habilidades de saltos e equilíbrio. Os acrobatas executam rotinas com a cabeça, mãos e pés dos seus parceiros, criando um esporte belo e, ao mesmo tempo, intrigante.
As rotinas são apresentadas em um tablado de 12x12 metros e acompanhadas por música e coreografia. As séries são executada dentro de no Maximo 2 minutos e 30 segundos. Isso ajuda a enriquecer o movimento de corpo e cultura musical dos ginastas.
Composição dos pares e grupos
- Nas Duplas temos o volante e o base. O volante executa os equilíbrios e os mortais e o base sustenta os equilíbrios e lançamentos do volante partindo de posições diferentes.
- Nos Trios temos o volante, o intermediário e o base. O volante executa os equilíbrios e os mortais, o intermediário sustenta o volante junto com o base nos equilíbrios e ajuda o base a lançar o volante nos mortais. Os intermédios também podem atuar junto com o base auxiliando-o, passa neste caso a ser “base” também.
- No Quarteto temos um volante, dois intermediários e o base, O volante executa os equilíbrios e os mortais, os intermediários sustentam o volante junto com o base nos equilíbrios e ajudam o base a lançar o volante nos mortais. O intermediário também pode ser lançado para um mortal junto com o volante.
- Nos pares mistos, o base é o elemento masculino e o volante é o elemento feminino.
- Nos trios todos os elementos são femininos.
- Nos quartetos todos os elementos são masculinos.
(*) Rotina = sequência de movimentos e exercícios apresentados em um determinado espaço de tempo.
Exige muita concentração, força, equilíbrio, postura e trabalho em equipe, além de muito respeito pelo colega.
Vamos tentar?