terça-feira, 28 de maio de 2019



PRÁTICAS CONTEMPORÂNEAS DE GINÁSTICA




Quem não ouviu falar em ginástica? É possível presenciar alguém que ganhou uns quilinhos a mais e dizer: “Preciso fazer ginástica pra perder essa barriguinha” ou “na minha época, nas aulas de Educação Física, se fazia muita ginástica. Era muita flexão, abdominal, corrida...”. Sim, essas atividades representavam a forma tradicional da ginástica.
Hoje, há uma série de práticas de ginástica adaptadas aos valores e estilos de vida contemporâneos, aos avanços tecnológicos, às descobertas resultantes de estudos e pesquisas nessa área.
As diferentes práticas corporais na área da ginástica realizadas, principalmente, em academias são um fenômeno relativamente novo. Na década de 1980, um médico estadunidense chamado Kenneth Cooper difundiu a importância do “exercício aeróbico” para a manutenção da saúde e da qualidade de vida, propondo práticas de caminhada, corrida, ginástica aeróbica, dança e outras atividades que melhorassem a capacidade aeróbia. Muitos diziam, quando iam caminhar ou correr, que estavam fazendo cooper, mostrando, nitidamente, a influência dos estudos do médico na difusão dos exercícios aeróbicos. Teve início um verdadeiro efeito dominó.
A adesão à prática dos exercícios aeróbicos, em busca da manutenção da saúde e de melhor qualidade de vida, associada à diminuição na quantidade de espaços livres nos grandes centros urbanos, à redução da segurança nas ruas, ao aumento do sedentarismo, à difusão da modalidade pela mídia e ao avanço dos estudos nas áreas da saúde e atividade física, a um maior acesso às informações e outros avanços ocorridos no final do século passado e início deste século, gerou um verdadeiro boom na área da ginástica, resultando numa diversificação nunca antes vista.
Segundo a revista Veja, o Brasil é o segundo país do mundo em número de academias, perdendo apenas para os Estados Unidos. Confira a seguir como a onda do fitness vem afetando a vida dos brasileiros.


Há tantas opções, que provavelmente alguma delas você já deve ter visto, experimentado ou ouvido falar. Temos ginástica localizada, aeróbica, crossfit, funcional, step, musculação, os sistemas “Body”, Pilates etc.No entanto, com diversificação da ginástica, proliferaram as indústrias de equipamentos e trajes esportivos (tênis, bonés, roupas, esteiras, bicicletas, colchonetes, aparelhos para musculação etc.), imprimindo um novo comportamento no consumidor e também na moda, só para citar um dos segmentos.

Observe as imagens a seguir, elas representam alguns dos aparelhos mais utilizados nas academias:



Mas como montar um treino? 
No quadro a seguir, encontramos os conceitos básicos para uma sessão de ginástica que podem ser incluídos no seu treino na academia: 

Assista ao vídeo que fala sobre a importância do aquecimento e suas variações



Deve-se ressaltar, que quem está começando (sedentário) a  freqüência cardíaca não deve ultrapassar de 60% da FCM, do contrário o processo de fadiga ou stress cardíaco pode ser antecipado, podendo gerar problemas cardíacos futuros.

O que é freqüência cardíaca?

    Se você faz atividade física e nunca mediu sua freqüência cardíaca está na hora de entender a importância e como fazê-lo. Freqüência cardíaca é a quantidade de vezes em que o coração bate no período de um minuto. Ao fazermos exercícios, permitimos que o órgão se desenvolva, fique maior e mais forte. Mas para que isso ocorra, é necessária uma avaliação dessa freqüência e posterior indicação individualizada de exercícios.
Como se mede freqüência cardíaca?

  A frequência cardíaca é medida contando quantas vezes o coração bate em um determinado tempo. As seguintes fórmulas podem ser usadas:

·         ·  Contar por 10 segundos e multiplicar por 6.
·         ·  Contar por 15 segundos e multiplicar por 4.
·         ·  Contar por 30 segundos e multiplicar por 2.
·         ·  Contar por um minuto.

Quanto maior o tempo, mas preciso será o resultado. O total deve ser sempre referente a um minuto, já que é este o intervalo de tempo usado como parâmetro. A freqüência é expressa em batimentos por minuto. Exemplo: 75 batimentos por minuto ou 75 bpm.
Na tabela a seguir, aparece quanto cada pessoa pode atingir em FC máxima por idade e por sexo. Confira:



Depois que você conseguir determinar quanto sua FC pode atingir, é o momento de escolher uma atividade.

 Segue alguns modelos de aulas mais frequentadas atualmente nas academias:

Aula de jump


Aula de pilates





Aula de body pump




Aula de step





Aula de zumba



Cross fit

Ginástica funcional




Agora é com você. Aproveite as informações e escolha uma atividade física para praticar e se nenhuma delas ainda não te interessou, tente uma caminhada regular de 3 a 4 vezes por semana durante 30 minutos

e não se esqueça... beba 2 litros de água por dia para se manter hidratado e use tênis adequado e roupa confortável.



BOM TREINO! 
Após aprendermos um pouco sobre os tipos de práticas de ginástica  que podem ser feitas, agora é o momento de irmos um pouco mais além.
Você sabia que para um treino dar certo, é importante seguir alguns dos princípios de treinamento?
sim, pois é....vamos conhecer um pouco deles...

Princípios do treinamento físico

Sobrecarga: está relacionada ao aumento da carga de trabalho físico, que deve ser gradual e progressivo, de modo a estimular o organismo a exercitar-se acima do nível ao qual está habituado, induzindo adaptações biológicas que aprimorem suas características morfológicas e/ou funcionais. Para tanto, deve-se adequar diferentes combinações entre frequência, intensidade e duração e/ou volume de treinamento, conforme a capacidade física a ser desenvolvida. A frequência refere-se ao número de sessões semanais de determinado exercício; a intensidade, ao nível de dificuldade do exercício – quantidade de peso e velocidade suportados; a duração ou volume, ao período de tempo durante o qual o programa é realizado (semanas, meses), ou o tempo gasto em uma única sessão de exercícios (minutos, horas).
Continuidade: preconiza que a melhoria na capacidade funcional depende da regularidade com que a prática de atividades físicas é realizada, e que as adaptações biológicas pretendidas resultam da adequada alternância entre esforço e recuperação.
Reversibilidade: também referido como “uso e desuso”, diz respeito ao declínio na capacidade funcional, decorrente das perdas das adaptações biológicas resultantes do programa de exercícios, que ocorre quando a atividade física é suspensa ou reduzida. Representa um reajuste do organismo ao baixo nível de solicitação das capacidades físicas, tornando evidente o caráter transitório e reversível das melhorias oriundas da prática regular e contínua de exercícios físicos, especialmente quando essa regularidade deixa de ser mantida.
Especificidade: explica que o aprimoramento e o desenvolvimento de determinada capacidade física (força, flexibilidade etc.) decorrem de adaptações fisiológicas e bioquímicas específicas para determinados tipos de atividades físicas, conforme diferentes combinações entre volume e intensidade de esforço. Por essa razão, a melhoria da flexibilidade requer exercícios de alongamento muscular, enquanto exercícios aeróbios desenvolvem a resistência cardiorrespiratória.
Individualidade: diz respeito ao modo como as diferentes características e condições de cada indivíduo interferem nos efeitos pretendidos por um programa de exercícios. Compreende aspectos relacionados às diferenças entre os sexos; ao estágio de maturação biológica; ao nível inicial de condicionamento físico; aos aspectos genéticos do praticante; aos fatores ambientais e/ou comportamentais (alimentação, hábitos de repouso e sono, existência ou não de doenças, aspectos motivacionais etc.).

Considerando-se a obediência ou não a um
ou mais dos referidos princípios, por ocasião
da elaboração ou execução de um programa de
exercícios, estes podem expor o organismo a
consequências diversas, que englobam tanto
efeitos positivos quanto negativos sobre a condição
de saúde dos praticantes.

Então, cuidado ao fazer os exercícios sem orientação de um especialista. Procure sempre um profissional da área da Educação Física, devidamente credenciado e aproveite seu tempo e treine corretamente.




sábado, 18 de maio de 2019



FUTEBOL DE CAMPO X FUTEBOL DE VÁRZEA


X


O futebol, como o conhecemos atualmente, é considerado um esporte moderno em virtude de sua estrutura e organização e constitui-se em fenômeno social, cultural, econômico e midiático, mas nem sempre foi assim...

O futebol foi introduzido no Brasil em 1894 por Charles Miller, brasileiro, filho de
ingleses. Após uma temporada na Inglaterra onde conheceu o futebol e se tornou jogador por lá, retornou ao Brasil e introduziu o esporte nas classes de elite, mas rapidamente foi incorporado também pelas classes operárias como forma de entretenimento. É uma modalidade de origem européia, organizada na e pela elite, e foi intensamente apropriada pelas camadas populares no início do século XX. A rapidez com que se expandiu, principalmente nos Estados de São Paulo e Rio Janeiro, permitiu perceber a imensa identificação por meio das emoções, dos comportamentos e das diferentes formas de organização para vivenciar o futebol.

Charles Miller

Foto no Museu do Futebol

                                                                   significado de WO

Enquanto o futebol era praticado por uma elite dentro dos clubes e nos campeonatos  representativos, a classe operária, estimulada também pelos donos das fábricas, organizou-se e apropriou-se de tal forma dessa modalidade, que provocou uma ocupação de diferentes espaços nas cidades. Os espaços ocupados nas imediações dos locais de trabalho (fábricas e ferrovias), os terrenos baldios e as margens dos rios, conhecidas como várzeas, passaram a ser pontos de encontro de trabalhadores, futuros jogadores profissionais, famílias e grupos de amigos.

A partir da década de 1930, na cidade de São Paulo, por exemplo, os bairros se relacionavam por meio do futebol. Seabra (2000) identificou  a existência de inúmeros campos de futebol na várzea paulistana entre os anos de 1940 e 1950, todos intensamente utilizados, formando uma rede de sociabilidade entre os bairros.


Você sabia que muitos dos craques que fizeram a história do futebol brasileiro começaram

a vida de jogador em campos de várzea? (O termo “várzea” está associado a terras
férteis localizadas em vales, à margem de rios ou ribeirões.) As escolinhas de futebol que conhecemos hoje não existiam há alguns anos. Elas surgiram com o crescimento das grandes cidades e a diminuição de áreas livres. No passado, bastava um terreno plano, descampado, para aparecer um campinho de futebol no qual a molecada pudesse se divertir.


                                                     Medida oficial de um campo de futebol

O futebol é um fenômeno social, cultural, econômico e midiático. Sua estruturação e organização é resultado de um processo histórico cuja evolução o coloca entre os esportes modernos do mundo. De esporte amador, nascido nos campos de várzea de São Paulo, o futebol é hoje uma modalidade que envolve grande volume de investimentos e interesses.

Segundo o jornalista Flávio Adauto (1999), a chegada da indústria automobilística ao Brasil, na década de 1950, impulsionou a expansão imobiliária. Com o crescimento urbano, a aglomeração da indústria e do comércio e a ampliação da malha viária, muitos campos foram extintos.
Com a retificação das margens dos Rios Tietê e Pinheiros para receber o asfalto das vias em suas laterais e com a abertura da Avenida 23 de Maio, ligando o aeroporto de Congonhas ao centro da cidade, desapareceram, por exemplo, os campos do Lusitano e do Éden, entre outros. Tudo foi substituído por prédios, avenidas, shoppings. Foram engolidas dezenas, talvez centenas, de campos da cidade. No final do século passado e início deste, o futebol tornou-se altamente profissionalizado. É um negócio, sem dúvidas. O talento, que antes nascia nos campos de várzea, hoje é produzido. Os jovens dos grandes
centros urbanos iniciam sua prática nos esportes em espaços diferenciados, como em escolinhas de futebol.
Essas instituições foram criadas em função do apelo das mídias, as quais influenciam crianças e adolescentes que sonham em ser “esportistas” ou “atletas famosos” para, um dia, terem seu lugar no futuro espetáculo esportivo.
O esporte depende das mídias, que viabilizam patrocinadores e financiam os atletas, os clubes e os eventos, assim como as mídias dependem do esporte para formar consumidores dos produtos por elas anunciados.
O esporte transformou-se, assim, em telespetáculo, O que vemos na tela é resultado do parecer do comentarista, do olhar de quem está com a câmera e registra o que considera importante (e que nem sempre é o que nós achamos relevante). A isso somam-se emoção em função da música de fundo, o apelo do “tira-teima” e tantos outros recursos
tecnológicos que influenciam a opinião de quem assiste ao jogo pela TV.

O FUTEBOL ATUAL


Na imagem a seguir, estão alguns dos principais patrocinadores do futebol brasileiro. Através do marketing, e da publicidade nos uniformes dos jogadores, o futebol se torna um grande negócio.


O ranking de patrocínio da Caixa Econômica em 7 anos. 
No gráfico a seguir, identificamos o valor investido nos times brasileiros, seja no salário dos jogadores pelos patrocínios, ou seja, pela divulgação da marca nos jogos.


VAR: o que é e como funciona a vídeo-arbitragem no futebol




 Sistema de vídeo-arbitragem VAR (sigla em inglês de video assistant referee ou árbitro assistente de vídeo).

Quando é usado e como funciona?

O VAR é composto por um conjunto de câmeras que transmitem as imagens para uma sala isolada do campo, onde assistentes de vídeo podem rever as jogadas. Existem apenas quatro tipos de lances que podem ser revistos. Esta assistência pode ocorrer a pedido do árbitro (em caso de dúvidas em uma das jogadas que podem ser revistas), ou caso os assistentes observem um lance duvidoso e comuniquem o juiz da partida através do fone de ouvido.



Nesse momento, os assistentes de vídeo reproduzem as imagens em seus monitores e transmitem suas conclusões ao árbitro. É este último que toma a decisão final. Pode fazê-lo depois de também consultar as imagens em um monitor localizado na lateral ou confiar exclusivamente no critério dos assistentes.



ESTÁDIOS BRASILEIROS

Vejamos agora alguns dos estádios mais conhecidos e frequentados no Brasil, incluindo suas transformações para a COPA de 2014

MARACANÂ/RJ,  ANTES E DEPOIS DA REFORMA PARA A COPA  





ARENA CORINTHIANS – feito especialmente para a COPA 2014



ESTÁDIO CÍCERO POMPEU DE TOLEDO – MORUMBI – SEDE DO TIME DO SÃO PAULO


ARENA DAS DUNAS – NATAL/RN

ARENA DO GRÊMIO - RS

ESTÁDIO URBANO CALDEIRA, SEDE DO CLUBE DO REI PELÉ.
Vila Belmiro – SANTOS/SP

Estádio Palestra Itália, sede do time palmeiras - Parque Antártica – atual ALIANZ PARQUE - SP



E o mais tradicional e conhecido por todos:


 O estádio municipal Paulo Machado de Carvalho, mais conhecido por “PACAEMBU"

Localizado na região próxima ao centro de São Paulo, foi um dos mais frequentados pelos paulistas. É um dos únicos  estádios municipal em SP, os demais são todos particulares vinculados a um time.


 Dentro do PACAEMBU, encontramos o MUSEU DO FUTEBOL


Lá, encontramos um acervo muito interessante sobre a história do futebol e como se tornou o esporte favorito dos brasileiros.








Referências: Curriculo do Estado de São Paulo; Museu do futebol; veja.abril.com.br