PRÁTICAS
CONTEMPORÂNEAS DE GINÁSTICA
Quem não ouviu falar em ginástica? É
possível presenciar alguém que ganhou uns quilinhos a mais e dizer: “Preciso
fazer ginástica pra perder essa barriguinha” ou “na minha época, nas aulas de
Educação Física, se fazia muita ginástica. Era muita flexão, abdominal,
corrida...”. Sim, essas atividades representavam a forma tradicional da
ginástica.
Hoje, há uma série de práticas de
ginástica adaptadas aos valores e estilos de vida contemporâneos, aos avanços
tecnológicos, às descobertas resultantes de estudos e pesquisas nessa área.
As diferentes práticas corporais na
área da ginástica realizadas, principalmente, em academias são um fenômeno
relativamente novo. Na década de 1980, um médico estadunidense chamado Kenneth
Cooper difundiu a importância do “exercício aeróbico” para a manutenção da
saúde e da qualidade de vida, propondo práticas de caminhada, corrida,
ginástica aeróbica, dança e outras atividades que melhorassem a capacidade
aeróbia. Muitos diziam, quando iam caminhar ou correr, que estavam fazendo cooper,
mostrando, nitidamente, a influência dos estudos do médico na difusão dos
exercícios aeróbicos. Teve início um verdadeiro efeito dominó.
A adesão à prática dos exercícios
aeróbicos, em busca da manutenção da saúde e de melhor qualidade de vida,
associada à diminuição na quantidade de espaços livres nos grandes centros
urbanos, à redução da segurança nas ruas, ao aumento do sedentarismo, à difusão
da modalidade pela mídia e ao avanço dos estudos nas áreas da saúde e atividade
física, a um maior acesso às informações e outros avanços ocorridos no final do
século passado e início deste século, gerou um verdadeiro boom na área
da ginástica, resultando numa diversificação nunca antes vista.
Segundo a revista Veja,
o Brasil é o segundo país do mundo em número de academias, perdendo apenas para
os Estados Unidos. Confira a seguir como a onda do fitness vem afetando
a vida dos brasileiros.
Há tantas opções, que provavelmente
alguma delas você já deve ter visto, experimentado ou ouvido falar. Temos
ginástica localizada, aeróbica, crossfit, funcional, step,
musculação, os sistemas “Body”, Pilates etc.No entanto, com
diversificação da ginástica, proliferaram as indústrias de equipamentos e
trajes esportivos (tênis, bonés, roupas, esteiras, bicicletas, colchonetes,
aparelhos para musculação etc.), imprimindo um novo comportamento no consumidor
e também na moda, só para citar um dos
segmentos.
Observe as imagens a seguir, elas
representam alguns dos aparelhos mais utilizados nas academias:
Mas como montar um treino?
No quadro a seguir, encontramos os conceitos básicos para uma sessão de ginástica que podem ser incluídos no seu treino na academia:
Assista ao vídeo que fala sobre a importância do aquecimento e suas variações
Deve-se ressaltar, que quem está
começando (sedentário) a freqüência
cardíaca não deve ultrapassar de 60% da FCM, do contrário o processo de fadiga
ou stress cardíaco pode ser antecipado, podendo gerar problemas cardíacos
futuros.
O que é freqüência
cardíaca?
Se você faz atividade física e nunca mediu sua
freqüência cardíaca está na hora de entender a importância e como fazê-lo.
Freqüência cardíaca é a quantidade de vezes em que o coração bate no período de
um minuto. Ao fazermos exercícios, permitimos que o órgão se desenvolva, fique
maior e mais forte. Mas para que isso ocorra, é necessária uma avaliação dessa
freqüência e posterior indicação individualizada de exercícios.
Como se mede
freqüência cardíaca?
A frequência cardíaca é medida
contando quantas vezes o coração bate em um determinado tempo. As seguintes
fórmulas podem ser usadas:
·
· Contar por 10
segundos e multiplicar por 6.
·
· Contar por 15
segundos e multiplicar por 4.
·
· Contar por 30
segundos e multiplicar por 2.
·
· Contar por um
minuto.
Quanto maior o tempo, mas preciso
será o resultado. O total deve ser sempre referente a um minuto, já que é este
o intervalo de tempo usado como parâmetro. A freqüência é expressa em
batimentos por minuto. Exemplo: 75 batimentos por minuto ou 75 bpm.
Na tabela a seguir, aparece quanto cada pessoa pode atingir em FC máxima por idade e por sexo. Confira:
Depois que você conseguir determinar quanto sua FC pode atingir, é o momento de escolher uma atividade.
Segue alguns modelos de aulas mais
frequentadas atualmente nas academias:
Aula de jump
Aula de pilates
Ginástica funcional
Agora é com você. Aproveite as
informações e escolha uma atividade física para praticar e se nenhuma delas ainda não te interessou, tente uma caminhada regular de 3 a 4 vezes por semana durante 30 minutos
e não se esqueça... beba 2 litros de água por dia para se manter hidratado e use tênis adequado e roupa confortável.
BOM TREINO!
Após aprendermos um pouco sobre os tipos de práticas de ginástica que podem ser feitas, agora é o momento de irmos um pouco mais além.
Você sabia que para um treino dar certo, é importante seguir alguns dos princípios de treinamento?
sim, pois é....vamos conhecer um pouco deles...
Princípios do treinamento físico
Sobrecarga: está relacionada ao aumento da carga de trabalho físico, que deve ser gradual e progressivo, de modo a estimular o organismo a exercitar-se acima do nível ao qual está habituado, induzindo adaptações biológicas que aprimorem suas características morfológicas e/ou funcionais. Para tanto, deve-se adequar diferentes combinações entre frequência, intensidade e duração e/ou volume de treinamento, conforme a capacidade física a ser desenvolvida. A frequência refere-se ao número de sessões semanais de determinado exercício; a intensidade, ao nível de dificuldade do exercício – quantidade de peso e velocidade suportados; a duração ou volume, ao período de tempo durante o qual o programa é realizado (semanas, meses), ou o tempo gasto em uma única sessão de exercícios (minutos, horas).
Continuidade: preconiza que a melhoria na capacidade funcional depende da regularidade com que a prática de atividades físicas é realizada, e que as adaptações biológicas pretendidas resultam da adequada alternância entre esforço e recuperação.
Reversibilidade: também referido como “uso e desuso”, diz respeito ao declínio na capacidade funcional, decorrente das perdas das adaptações biológicas resultantes do programa de exercícios, que ocorre quando a atividade física é suspensa ou reduzida. Representa um reajuste do organismo ao baixo nível de solicitação das capacidades físicas, tornando evidente o caráter transitório e reversível das melhorias oriundas da prática regular e contínua de exercícios físicos, especialmente quando essa regularidade deixa de ser mantida.
Especificidade: explica que o aprimoramento e o desenvolvimento de determinada capacidade física (força, flexibilidade etc.) decorrem de adaptações fisiológicas e bioquímicas específicas para determinados tipos de atividades físicas, conforme diferentes combinações entre volume e intensidade de esforço. Por essa razão, a melhoria da flexibilidade requer exercícios de alongamento muscular, enquanto exercícios aeróbios desenvolvem a resistência cardiorrespiratória.
Individualidade: diz respeito ao modo como as diferentes características e condições de cada indivíduo interferem nos efeitos pretendidos por um programa de exercícios. Compreende aspectos relacionados às diferenças entre os sexos; ao estágio de maturação biológica; ao nível inicial de condicionamento físico; aos aspectos genéticos do praticante; aos fatores ambientais e/ou comportamentais (alimentação, hábitos de repouso e sono, existência ou não de doenças, aspectos motivacionais etc.).
Considerando-se a obediência ou não a um
ou mais dos referidos princípios, por ocasião
da elaboração ou execução de um programa de
exercícios, estes podem expor o organismo a
consequências diversas, que englobam tanto
efeitos positivos quanto negativos sobre a condição
de saúde dos praticantes.
Então, cuidado ao fazer os exercícios sem orientação de um especialista. Procure sempre um profissional da área da Educação Física, devidamente credenciado e aproveite seu tempo e treine corretamente.
ou mais dos referidos princípios, por ocasião
da elaboração ou execução de um programa de
exercícios, estes podem expor o organismo a
consequências diversas, que englobam tanto
efeitos positivos quanto negativos sobre a condição
de saúde dos praticantes.
Então, cuidado ao fazer os exercícios sem orientação de um especialista. Procure sempre um profissional da área da Educação Física, devidamente credenciado e aproveite seu tempo e treine corretamente.